SINFA inspira deputados a discutir abate clandestino.

O Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Maranhão (SINFA-MA) inspirou a Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Estado a discutir sobre abatedouros clandestinos e os riscos à alimentação dos consumidores pelos produtos neles gerados. Da reunião, nesse 7 de maio, saiu a decisão de se constituir Grupo de Trabalho para aprofundar o debate até uma decisão.

O presidente da comissão, deputado Yglésio Sousa (Doutor Yglésio), reuniu os colegas parlamentares César Pires, Antônio Pereira, Ciro Neto, Wendell Lages, Carlinhos Florêncio e Adelmo Soares. Pelo sindicato compareceram Samuel Silva, Marcelo Falcão e Márcio Luís Pontes. Também participaram representantes da FAMEM (Rita de Cássia Cunha), do CRMV, da Vigilância Sanitária, da AGED e do Ministério Público.

Exposição – O médico veterinário Márcio Luís (SINFA/AGED) fez rigorosa e minuciosa exposição sobre a volumosa presença destes abatedouros, a ignorância às regras no manejo dos animais abatidos, os descuidos com a estocagem dos produtos principais e derivados, o transporte inadequado e os locais de venda para os consumidores.

Ele defendeu a implantação do SUSAF (Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte), que demonstra a regulamentação de processos e procedimentos de fiscalização e inspeção. O sistema é constituído pelos Serviços de Inspeção Municipal (SIM) e consta de projeto elaborado pelos servidores da fiscalização agropecuária maranhense entregue a várias autoridades (o deputado Yglésio recebeu seu exemplar).

Os outros expositores, cada um em sua área de influência, reportaram-se aos perigos, aos cuidados a serem observados, à necessidade de ser oferecido à população produção animal de qualidade e livre de impurezas. “Nós, na FAMEM, estamos alertando os prefeitos para que atuem sobre os órgãos sanitários de suas administrações, pela vigilância contra o aparecimento desses postos”, informou a porta-voz da FAMEM.

GT – A situação dos abatedouros clandestinos é bandeira de luta do SINFA (pioneiro na discussão). A representação sindical reclama a legitimação dos pontos de abate, alertando para a defesa da saúde pública, a garantia da segurança alimentar e a manutenção da confiança do mercado consumidor nos produtos de geração animal.

Os envolvidos na cruzada defendem a promoção de campanhas de conscientização acerca das doenças decorrentes do consumo dos gêneros, considerando o alto índice de desinformação sobre seus efeitos em meio à população. E acordaram na criação de Grupo de Trabalho destinado a aprofundar a discussão com outros organismos estaduais e municipais, principalmente os que lidam com a saúde pública e a segurança alimentar.

Todos concordaram que é importante inibir o funcionamento dessas unidades e fizeram relatos de problemas de saúde pública em suas áreas de influência, decorrentes do consumo dessa produção pouco confiável. Foram impactantes os relatos dos deputados Adelmo Soares, Carlinhos Florêncio e César Pires. Eles alegaram que os municípios não têm como bancar a construção das unidades e sugeriram ao Governo do Estado financiar as plantas, com apoio de emendas parlamentares de bancada ou individuais.

Fonte : Site do Sinfa

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