Com aumento do consumo, carne suína ganha mais espaço na mesa dos brasileiros.

Dados afirmam que o índice de consumo per capita cresceu e já chega a quase 17 kg, além de apontarem também um crescimento de 80% na compra da proteína no varejo
Há 5 anos, o consumo de carne suína per capita no Brasil era de 14,47 kg por pessoa. Hoje, o consumo percorreu um longo caminho e atingiu a marca de 16,86 kg, segundo dados referentes ao ano passado e publicados nesta quinta-feira (18/03) pelo IBGE. Muito deste aumento se deve ao espaço que a proteína ganhou no carrinho de compras dos supermercados durante o último semestre. Segundo uma pesquisa realizada pela Horus, uma empresa de inteligência de mercado, através das notas fiscais do varejo, em julho do ano passado a cada 100 compras no supermercado, uma continha carne suína. Em 2021 este número dobrou e o índice subiu para duas compras de carne suína a cada 100, caracterizando um aumento de 80% no período de seis meses.

Outro fator de impacto tem sido o cenário econômico que abre espaço para que a carne suína se apresente aos consumidores como a opção financeiramente mais interessante de carne vermelha. A alta da carne bovina vem sendo observada desde o ano passado e apontada por diversos especialistas, sendo pauta de jornais como a BBC e o Canal Rural, que previam que a medida que o preço da carne bovina subisse, o consumo diminuiria significativamente, abrindo assim uma grande oportunidade para a proteína suína se destacar na mesa dos brasileiros. Dados da Horus apontam que a carne suína ganhou mais espaço até em relação a outros alimentos, como verduras e legumes.


Essa tendência também já era esperada em decorrência da transferência de renda executada pelo auxílio emergencial que aumentou consideravelmente o poder de compra da população menos favorecida que com mais dinheiro no bolso passou a investir mais na alimentação. Em 2020, por causa do cenário de pandemia, o volume de itens consumidos dentro dos domicílios de todas as faixas de renda cresceu 4% em relação a 2019. Entre as classes D e E, o avanço foi o dobro, chegando a 8%, segundo uma pesquisa da consultoria Kantar. Presunto e apresuntados passaram a ser consumidos por 8,5 milhões de famílias e outras 4,5 milhões foram às compras de linguiça. Em média, o gasto com itens da cesta básica (como carnes) entre beneficiários do auxílio cresceu em 16%.

Esses resultados são comemorados pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que encara os números como uma boa notícia. Para Marcelo Lopes, presidente da Associação, os números refletem o trabalho desenvolvido pela entidade em promover o consumo de carne suína e em aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mercado. “Comemoramos os resultados pois trabalhamos todos os dias para alcançá-los. A carne suína se mostra mais uma vez como a proteína animal que mais cresce no Brasil, e sabemos que ainda tem muito espaço para crescer.” A diretora de marketing e projetos, Lívia Machado completa dizendo que “com uma análise feita em período total de pandemia, fica claro o comportamento do consumidor em manter e ampliar o consumo das proteínas, e que mesmo com a alta nas mesmas, ele segue e seguirá comprando.”

Aproveitando o bom momento e essa nova tendência de consumo a ABCS tem trabalhado na criação de uma campanha de promoção da carne suína que será realizada a níveis estaduais em parceria com açougues, buscando reforçar mais ainda a competitividade em relação a preços e benefícios oferecidos e atingindo um novo público.

FONTE: SITE ABCS.

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