Realizada na manhã de hoje (12), no auditório da Uemanet, a aula inaugural da primeira turma do curso de doutorado do Programa de Pós-graduação profissional em Defesa Sanitária Animal da Uema, formada por técnicos da Aged, Uema, Senar e Semapa. O curso de doutorado e o curso de mestrado tem o apoio financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado do Maranhão (Fundepec-MA) para as matriculas semestrais dos alunos por meio do projeto Fundepec Profissional, que visa apoiar órgãos e/ou entidades públicas, privadas ou do terceiro setor na formação ou aperfeiçoamento acadêmico de técnicos com interesse no desenvolvimento da pecuária estadual.
Além dos alunos do curso de doutorado, estavam presentes na aula inaugural o diretor do Fundepec-MA, Osvaldo Serra, na oportunidade representando o presidente José Ataíde, o membro do conselho de administração do Fundepec pela Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), Marco Aurélio Martins, a pró-reitora de Pós Graduação da Uema, Rita Nogueira, o professor Nordman Wall, a diretora de Defesa e Inspeção Sanitária Animal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged-MA), Tânia Silva e a coordenadora do Programa de Pós-Graduação da Uema, Viviane Coimbra.
Após a abertura, foi proferida uma palestra via internet com o auditor fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Alexander Dorneles, que falou sobre o tema: “Abordagem contemporânea da cadeia produtiva animal no Brasil”.
Ele ressaltou que o Brasil possui, além de um mercado interno muito forte, com uma população brasileira de cerca de 210 milhões de pessoas, possui também um mercado externo com perspectivas de crescimento cada vez maiores. “Há 4 anos nosso maior parceiro era a União Europeia, com seus 30 países, e hoje a China, com populaçao acima de 1,5 bilhão de pessoas se tornou o país que mais procura os produtos brasileiros”, afirmou ele, lembrando em seguida que a peste suína registrada no país asiático foi uma oportunidade para que o Brasil ampliasse as vendas de carne.
Após esta explanação, Dorneles falou da importância das etapas para elaboração de políticas públicas na área de defesa sanitária animal, o que faz a diferença no controle veterinário. “É preciso saber a importância da nossa participação na cadeia produtiva animal. Pensar em políticas públicas colocando nosso conhecimento técnico porque o beneficiário é o setor agropecuário e o cidadão- consumidor”, afirmou o palestrante.
A primeira turma de mestrado em defesa sanitária foi iniciada em agosto de 2012, após a seleção de 20 dos 64 candidatos inscritos.
Em 2017 o mestrado foi bem avaliado pela Capes passando de conceito 3 para 5, o que motivou os professores a propor um doutorado na mesma área. Após aprovação pela Capes em junho de 2018, o curso de mestrado foi elevado ao status de Programa de Pós Graduação Profissional em Defesa Sanitária Animal, contemplando o mestrado e o doutorado.
Na avaliação da pró-reitora Rita Nogueira, o apoio do Fundepec-MA é fundamental porque uma das características exigidas pela Capes do programa – de doutorado e mestrado é que tenha um apoio financeiro. “Os cursos nascem a partir de uma demanda de órgãos públicos e privados para capacitação e formação de profissionais que já atuam no mercado de trabalho. O que se espera na finalização de uma dissertação ou uma tese é um produto que leve soluções para o trabalho daquele aluno”, avaliou ela.
Lauro de Queiroz Saraiva, técnico da Aged-MA, aluno de doutorado, afirmou que a parceria do Fundepec com a Aged e outros órgãos é um grande benefício para os profissionais. “Proporciona que os técnicos sejam mais capacitados e engajados no campo e elaborem seus projetos do curso, por exemplo nas áreas de suínos, aves e bovinos, e quem ganha é o consumidor”, afirmou.