O Maranhão deve colher cerca de 5,6 milhões de toneladas, estima-se que no ano passado foram 5,4 milhões, tendo como principais cultivos o milho e a soja. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) a safra nacional de grãos para 2021 deve atingir 263,1 milhões de toneladas.
O Boletim de conjuntura econômica elaborado pelo Instituto Maranhense de Estudos Sócio Econômicos e Cartográficos (Imesc) destaca que em 2020 houve também um crescimento em relação à Balança Comercial nos principais complexos agropecuários, a exemplo do complexo soja, cuja exportação foi 1,2% maior que em 2019 (em quantidade), assim como o complexo Milho, que cresceu 75,8% em quantidade e 77,8% em valor.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca do Maranhão (Sagrima), Sérgio Delmiro, que participou da II Expedição de Acompanhamento de Safra do Estado do Maranhão, ressaltou que o aumento da expansão da cultura da soja tem contribuído para o crescimento da produção de grãos no estado. “Apesar de ter tido um problema no início da colheita da soja na região de Balsas, por conta das chuvas, temos outros municípios que estão ampliando o plantio, dando uma segurança maior, tais como Parnarama, Presidente Dutra, Buriticupu, Açailândia e Santa Rita”, avaliou Sérgio Delmiro.
A expedição foi promovida pela Sagrima e visitou vários municípios do Estado, no período de 22 a 28 de fevereiro deste ano.
Na opinião do Diretor de Negócios do Grupo SCM I Purinutre, empresa de Imperatriz, Sérgio Filho, o produtor maranhense, por mais tempo que tenha na atividade, está buscando informação para avançar. “O produtor está motivado, ele quer crescer e sabe que seu papel é importante para o país. Possuímos produtos com resultados comprovados. A nossa equipe não é formada por vendedores e sim consultores comerciais que orientam e dão assistência ao cliente. Só o produtor em si pode não trazer a solução desejada, mas a forma de uso e manejo dentro da propriedade”, afirmou Sérgio Filho.
Ele falou ainda deste período da pandemia, um desafio para produtores, empresas, instituições e órgãos públicos. “O Fundepec -MA, Aged -MA, Secretaria da Agricultura e Pesca e os sindicatos de produtores rurais do Maranhão estão trabalhando forte pelo nosso agro, mesmo na pandemia as ações não pararam”, avaliou.
Pecuária: OIE autoriza retira vacina aftosa
Além do aumento na produção de grãos, o setor pecuário brasileiro recebeu outra boa notícia esta semana, que foi o parecer favorável da Organização Internacional de Epizotias (OIE) para ampliação das zonas livres de febre aftosa sem vacinação para os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso).
No Maranhão, a previsão é de que a retirada da vacina aconteça em 2023. ” É necessário manter a alta taxa do índice de cobertura vacinal durante as campanhas de vacinação que serão realizadas este ano e em 2022 e ampliar as medidas de prevenção da doença”, ressaltou o chefe de Divisão da Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Viali dos Santos, durante o Fórum de Vigilância Contra Febre Aftosa para agricultores familiares maranhenses ocorrido no mês passado.
Em entrevista ao site do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Maranhão (Fundepec-MA), o diretor Sérgio Filho destacou a importância da entidade. “Acompanho o Fundepec-MA desde o seu surgimento, durante esse período seu trabalho foi primordial para manter nosso índice de vacinação em alto patamar. Isso reflete em nossa pecuária. Ganhamos mercado no exterior e isso impactou aqui dentro do nosso estado”, avaliou.
Sérgio Filho destacou a importância da parceria entre produtores e iniciativa privada. Segundo ele, a Purinutre é hoje o maior distribuidor de vacina aftosa do estado, atendendo fazendas e outras lojas agropecuárias. “Entendemos que essa vitória é fundamental para o avanço de nossa pecuária. Por diversas vezes enviamos caixas de vacina com poucas doses para locais de difícil acesso, onde o custo era maior do que a venda, fizemos isso porque entendemos que todos no negócio devem contribuir para mantermos nosso índice vacinal em alta”, enfatizou.
O diretor ressaltou ainda que o sistema de Integração lavoura-pecuária e informou que a Purinutre possui muitos clientes que estão reformando pastagens degradadas com plantio de milho consorciado com capim. “O milho produzido é misturado com núcleos da nossa indústria e vira nutrição para os animais”, afirmou.